O Santo André estreou com o pé esquerdo na Copa São Paulo de
Futebol Júnior 2013. Na tarde deste sábado, a equipe do técnico Serginho Índio
entrou pela primeira vez em campo diante do Botafogo, confronto disputado na
cidade de Taubaté, válido pelo Grupo O da competição. Com um futebol apático,
sem inspiração e medroso, os garotos do Santo André foram derrotados pelo clube
carioca por 1 a 0. Para piorar, o gol botafoguense marcado pelo meia Fernandes
(foto abaixo) aconteceu aos 43 minutos do segundo tempo, sem tempo para uma
reação andreense.
Antes do jogo, a expectativa era por uma boa estreia do
Ramalhinho. O time fez boa campanha no Campeonato Paulista Sub-20, tem em seu
elenco vários jogadores que disputaram a última Copinha, casos, por exemplo, do
goleiro Guilherme, do lateral Thiago Othon, do volante Cássio, do meia Marcinho
e dos atacantes Fernandinho e Cláudio Mussum. Além disso, o Botafogo veio para
a disputa da Copa SP com uma equipe Sub-18, o que dava um favoritismo a mais
para os andreenses.
No entanto, o que se viu foi um time lento, sem criatividade
e que não conseguiu se impor. O time é fraco? Não, não é. O Santo André reúne bons
valores como Carlinhos (lateral-direito), Thiago Othon
(lateral-direito/volante), que não jogou por opção do técnico segundo o próprio
jogador me revelou após o jogo, Cássio (volante), João Guilherme (meia) e Cláudio
Mussum (atacante). Porém, todos os jogadores citados foram mal. O último, aliás,
se machucou e passou a maior parte do tempo no sacrifício, deixando o time
praticamente com um jogador a menos durante todo o primeiro tempo.
Sinceramente, não entendi a opção do técnico Serginho Índio, que, vendo Mussum
sem condições físicas, o deixou em campo.
Para o próximo jogo, Serginho Índio, que não quis dar
entrevista após a derrota, precisa tomar algumas providências. Primeiro, mexer
com o ânimo da equipe, que parecia estar disputando um amistoso. Segundo,
realizar algumas modificações. Thiago Othon, que chegou a ser integrado ao
grupo profissional, não pode ficar no banco de reservas. O meia-atacante
Marcinho, que atuou no segundo tempo como lateral-esquerdo, demonstrou muita
vontade e merece uma chance entre os 11 que começarão o duelo decisivo contra o
Taubaté na próxima terça-feira (8). Terceiro, ter uma conversa “no pé do ouvido”
com o meia João Guilherme, que é bom jogador, mas que não demonstrou nem 20% do
que pode. E por fim, o próprio Índio rever os seus conceitos, pois ficou
evidente que o treinador do Ramalhinho ficou com medo de jogar bola contra o
Botafogo, e o castigo veio no final.
Se tivesse que dar uma nota para a atuação do Santo André
seria zero, bem redondo, pois se não fosse o caminhão de gols perdidos pelo
atacante Vinícius, o Botafogo teria vencido a partida com muita facilidade.
Confira os melhores momentos da partida:
Entrevista com o volante Cássio:
Entrevista com o meia João Guilherme:
Entrevista com o atacante Cláudio Mussum:
A Várzea do Uniforme
O uniforme do Santo André hoje foi uma verdadeira várzea,
com todo respeito aos campeonatos amadores espalhados pelo país. O time entrou
em campo com o fardamento da Nakal, atual fornecedora de material esportivo do
clube. Porém, algumas camisas eram diferentes, com patrocinadores, e em alguns
casos com o patrocínio que havia sido arrancado. Num jogo em rede nacional
(Sportv passou o confronto), o Santo André deveria ter mais cuidado com o seu
manto, não acham? Se não bastasse isso, os coletes e a roupa de treino da
equipe era da Kanxa, empresa de material esportivo que deixou o Ramalhão em
2011.
Quem estava lá?
A diretoria e a comissão técnica do time profissional
estavam em peso na cidade de Taubaté. O vice-presidente Jairo Livólis, o
diretor de futebol Juraci Catarino, o técnico Ademir Fonseca, o auxiliar técnico
Allan Dotti e o novo coordenador de futebol amador Ari Mantovani, estavam
presentes e acompanharam atentamente a partida de estreia do Ramalhinho na
Copinha.
A ideia da nova diretoria é pinçar alguns jogadores para o
elenco profissional.