Medo! Foi exatamente desta maneira que o técnico Dedimar
Lima armou o Santo André para o confronto diante do Juventude na tarde deste sábado,
no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Dedimar mudou o esquema (4-4-2)
vitorioso da última partida contra o Penapolense e adotou uma maneira mais
cautelosa, no 4-5-1, com o meia Juninho Silva fazendo a função de falso
atacante. Assim, Ramalho entrou no meio-campo para fortalecer a marcação.
Não deu certo! O Santo André foi derrotado por 2 a 0, e teve
uma atuação muito abaixo do esperado. Assim que a partida iniciou, ficou claro
que o esquema não surtiu efeito. Logo aos cinco minutos, após belíssima jogada
de Diego Oliveira, Bergson estufou a rede para o Juventude.
Com o gol marcado, todo o esquema montado para se defender
foi por água abaixo. Para piorar ainda mais, aos 27, Jardel apareceu na área e,
de cabeça, ampliou o placar para os donos da casa.
O que eu esperava de Dedimar era o óbvio. Mexer na equipe
ainda no primeiro tempo, colocando um atacante na vaga de um volante. Eduardinho
ou Ramalho teria que ser sacado, já que Jardel e Fubá não poderiam sair. O
primeiro é o volante mais pegador e tem um vigor físico maior que os demais. Já
Fubá era indispensável, pois o Juventude forçava o jogo aéreo, o que era
esperado.
No entanto, Dedimar não teve competência para fazer a
alteração antes do término do primeiro tempo. Preferiu perder tempo e esperar o
apito final da primeira etapa.
Para não falar que o Santo André não fez nada na primeira
parte do jogo. Juninho Silva, aos 32, exigiu boa defesa do goleiro Fernando.
No segundo tempo, ENFIM, Dedimar mexeu na equipe. O Ramalhão
voltou com Makanaki na vaga de Jardel. Não gostei da mexida, como disse
anteriormente, quem deveria sair era Ramalho ou Eduardinho.
Com o 4-4-2 habitual, o time andreense teve boa chance já no
primeiro minuto da etapa final. Müller quase diminuiu em toque de cabeça. A
bola passou perto. Pouco depois, Makanaki teve boa oportunidade, mas sua
finalização foi pela linha de fundo.
O rendimento do início do segundo tempo foi um “soco no
queixo” do treinador andreense. É difícil a gente falar “se tivesse escalado
dois atacantes seria diferente”. Claro que é complicado, futebol não é uma ciência
exata, mas o time estava encaixado.
O Santo André funcionou na última rodada com Gustavinho e Müller
no ataque. Os dois até que não jogaram bem contra o Penapolense, mas o esquema
tático dava mais mobilidade para o time e os meias conseguiam encostar nos
atacantes com maior facilidade. Além do fato, é claro, de estar jogando fora de
casa e ter a opção de jogar no contra-ataque, já que o Juventude iria dar, E
DEU, muito espaço.
Aos 29, Felipe Cordeiro, que pouco fez, saiu para a entrada
de Nequinha. Alteração que não mudou muita coisa. Três minutos depois, Müller,
o jogador mais perigoso do Ramalhão, tentou novamente de cabeça. A bola passou
rente a trave do goleiro Fernando. No lance seguinte, foi a vez do Juventude
quase marcar de cabeça, com o zagueiro Rafael Pereira, mas Adílson fez boa
defesa.
Aos 37, isso mesmo, aos 37, com um imenso atraso, Dedimar
colocou Gustavinho na vaga do cansado Müller. Mas já era tarde. A derrota do
Santo André estava decretada e só não foi pior porque Adílson evitou o terceiro
gol aos 44 minutos, em chute de Diogo Oliveira.
O próximo desafio do Ramalhão na Série D será no dia 27 de
julho, às 18h30, contra o Penapolense, em Penápolis.
Confira os gols da partida:
Confira os gols da partida:
Classificação
FICHA TÉCNICA
Juventude 2 x 0 Santo
André
Juventude
Fernando; Murilo, Rafael Pereira, Diogo e Julinho (Itaqui); Chicão,
Dê (Mika), Jardel e Diogo Oliveira; Bergson (Rogerinho) e Zulu.
Técnico: Lisca.
Santo André
Adílson; Felipe Cordeiro (Nequinha), Jonas, Rayan e Léo
Carvalho; Jardel (Makanaki), Fubá, Ramalho e Eduardinho; Juninho Silva e Müller
(Gustavinho).
Técnico: Dedimar Lima.
Gols: Bergson
(Juventude) aos 5/1º T; Jardel (Juventude) aos 27/1º T.
Cartões Amarelos:
Murilo e Rafael Pereira (Juventude).
Local: Estádio
Alfredo Jaconi (Caxias-RS).
Árbitro: Adriano Milczvski
(PR).
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