Uma partida para o Santo André esquecer. Assim, se resume o
empate contra a Santacruzense, ontem, no Estádio Bruno José Daniel. A vitória
diante do time de Santa Cruz do Rio Pardo era questão de obrigação. A
Santacruzense é um dos piores times da competição, com certeza irá brigar para
não cair.
Logo que eu vi a escalação, não gostei. Sandro (foto acima), atacante que
está acima do peso, mais uma vez apareceu com a camisa 10 do time. Teria a função
de armar a equipe. Óbvio, não o fez. Pesado e lento, o jogador pouco aparecia
pro jogo, era presa fácil para os defensores adversários.
De bom, o Ramalhão tinha Bruno Paulo na vaga de Leandrinho,
que não estava bem nas partidas anteriores. Bruno chamava a responsabilidade,
tentava mostrar velocidade e habilidade. Porém, perto dos 20 minutos, o
atacante sentiu contusão muscular e teve que deixar o gramado. Leandrinho
entrou em seu lugar.
Com a entrada de Leandrinho, o Santo André ficou estático.
William Xavier “passava fome” no ataque, já que não chegava a bola de jeito
nenhum. O camisa 9 até tentou recuar, mas não é muito a dele.
A esperança ficava nos pés do experiente Ramalho, que por
duas vezes apareceu bem pela direita. Mas em ambas, o jogador não teve sucesso
na finalização.
No mais, o que se viu foi a zaga bem compacta, não tendo
nenhum tipo de perigo, pois não era ameaçada pelo fraco time da Santacruzense.
Os laterais bastante acanhados, que não conseguiam furar a retranca do time
tricolor. E por último, os volantes Rogério e Jardel, que apenas tocavam de
lado e nada produziam no setor ofensivo.
Resultado de 0 a 0 clássico no primeiro tempo. Pouco futebol
para os dois lados.
Para a etapa final, Ademir Fonseca, enfim, aleluia, ufa,
colocou um meia de criação de OFÍCIO. Sérgio Mota entrou no lugar do volante
Rogério. Claramente, o Santo André passou a ter qualidade no meio campo. É
evidente que Mota ainda não está bem fisicamente, algo comum em sua carreira,
mas o toque mais refinado ajudou que o Ramalhão envolvesse com mais facilidade
a defesa da Santacruzense.
Pra se ter uma ideia, o Santo André chegou a marcar três
gols. No primeiro, Márcio Careca pegou rebote de chute de Leandrinho, mas
impedido, estufou as redes. Gol bem anulado pelo árbitro. No segundo,
Leandrinho aproveitou chute cruzado de William Xavier e completou para as
redes. Gol legal: 1 a 0, Santo André. Por fim, a terceira vez que o Ramalhão
balançou as redes foi através de Leandrinho, que impedido, desviou chute de
Ramalho. Gol ilegal, invalidado corretamente pela arbitragem.
O volume de jogo do Ramalhão era evidente. Atrás do
marcador, a Santacruzense não demonstrava muita reação e só levava perigo na
bola parada. E foi exatamente assim que o time do interior chegou ao empate. Na
chamada “bola vadia”, o zagueiro Mario Paiva subiu mais que os defensores do
Ramalhão e, de cabeça, mandou para o gol.
Empate concedido, era o momento do Santo André sufocar o
adversário em busca da vitória, certo? ERRADO. Com apenas Sérgio Mota lúcido
para armar, Ademir Fonseca colocou o experiente Luciano Henrique, que fez a sua
estreia com a camisa do Ramalhão. Luciano entraria na vaga de Ramalho, pelo
menos era o que a placa demonstrava: número 8. Neste momento, a torcida do
Santo André começou a gritar “Burro! Burro!”. Rapidamente, e até de maneira
estranha, Ademir começou a sinalizar para o quarto árbitro que não era essa
alteração correta. Leandrinho, número 18 e que tinha entrado aos 20 minutos do
primeiro tempo, foi quem deixou o campo.
Enfim, Luciano Henrique estreou, meio conturbado, é verdade,
mas estreou. O camisa 17 melhorou o passe, mas ainda desentrosado com o
restante do time, não conseguiu criar nenhuma jogada de perigo.
A pressão que era esperada após sofrer o gol de empate não
aconteceu. O Santo André teve a posse de bola durante todo o tempo, mas sem
mobilidade e com pouquíssima criatividade, não chegou a levar perigo para o
goleiro Braz.
O empate foi o resultado mais justo. A equipe andreense não
mostrou futebol para ganhar, e é exatamente isso que mais preocupa os seus torcedores.
Notas
Rodrigo Viana: 5
(Não falhou no gol. No mais, não foi exigido durante todo o jogo)
Nequinha: 4,5
(Segue inseguro no ataque. Na defesa, também não foi bem)
Otávio: 5,5
(Partida regular defensivamente. Cometeu várias faltas em cobranças de
escanteio a favor do Santo André)
Rogélio: 6
(Firme, ganhou praticamente todas as divididas)
Márcio Careca:
5,5 (Apareceu bastante no ataque, mas não construiu nenhuma jogada de sucesso.
Melhorou no quesito marcação)
Rogério: 4,5
(Pior partida dele pelo Ramalhão. Não acertava passe de meio metro)
Jardel: 4,5
(Outro que não foi bem. Devido a fragilidade do adversário poderia aparecer
mais no ataque, no entanto, preferiu ficar dando passes de lado)
Ramalho: 6 (Como
sempre, um dos melhores jogadores do time. Cansou no final, perdendo bolas
bobas)
Sandro: 2
(Péssima partida. Recebe essa nota por ter entrado em campo com a camisa do
Santo André)
Bruno Paulo: 5,5
(Jogou cerca de 20 minutos, se machucou e teve que sair. Em quanto estava em
campo, mostrou bastante atitude e criou algumas jogadas importantes)
William Xavier: 6
(Foi pouco acionado, mas na segunda chance que teve deu o passe para o gol de
Leandrinho)
Leandrinho: 6,5
(Claramente ainda está fora de forma. Recebe a nota mais alta da equipe pelo gol
e pela vontade demonstrada)
Luciano Henrique:
sem nota (Foi a estreia dele, mas jogou muito pouco)
Sérgio Mota: 6
(Ainda não está no ritmo de jogo, mas entrou bem, procurou dar a qualidade que
a equipe necessitava. Precisa arriscar mais chutes de fora da área)
Ademir Fonseca: 4
(Escalou mal. Sandro definitivamente não é o meia que o Santo André precisa.
Sérgio Mota seria a melhor opção. Nas alterações, errou ao deixar Sandro
durante todo o jogo)
Entrevista com o meia Sérgio Mota:
Entrevista com o meia Luciano Henrique:
Entrevista com o atacante Leandrinho:
corneteiro
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