domingo, 3 de fevereiro de 2013

Santo André 1 x 1 Capivariano



Sol, chuva, expulsão, pênalti perdido, gols e quatro bolas na trave. O duelo entre Santo André e Capivariano reuniu todos os aspectos para uma partida emocionante. E foi! Antes do jogo, o pensamento do torcedor andreense era um só: a vitória. Porém, devido às circunstâncias, o Ramalhão ganhou um ponto e não perdeu dois.

A minha primeira “cornetada” vai para a pífia escalação ramalhina. Ademir Fonseca escalou três volantes novamente diante do “fortíssimo” Capivariano. No ataque, o técnico andreense apostou em Sandro, que até aqui vinha sendo o homem da articulação. Pelo menos, Ademir teve um lado positivo: a escalação de Sérgio Mota, que entrou bem diante da Santacruzense.


Mesmo com todo esse “poderio” defensivo, o Santo André saiu atrás do marcador. Aos 16 minutos, Georginho tabelou com Silas e, com um belo chute, abriu o placar para o time do interior.


Com a desvantagem, o Ramalhão foi pra cima. Nequinha aparecia bem pela direita. Sérgio Mota não se escondia, tentava dar a qualidade ao meio-campo andreense. E foi através do ex-são-paulino que o Santo André chegou ao empate aos 26 minutos. Mota deu belo passe para William Xavier que, com categoria, tirou do alcance do goleiro Maurício.

Dava a impressão que o Santo André ia com tudo pra cima do Capivariano. No entanto, uma idiotice do zagueiro Rogélio destruiu os planos da equipe. Aos 34 minutos, depois de cobrança de escanteio, Rogélio deu uma cotovelada em Silas. O árbitro Márcio Roberto Soares não teve dúvida, marcou o pênalti e mostrou o cartão vermelho para o defensor.


Antes mesmo da cobrança, Ademir Fonseca optou por colocar o zagueiro Junior Paulista. Até aí, tudo bem! No entanto, o treinador andreense errou ao sacar Sérgio Mota ao invés de Sandro. Sem Mota, o Ramalhão não teria o elo entre meio-campo e ataque, já que Sandro não consegue desempenhar esse papel.

Enfim, Silas foi para a cobrança da penalidade. O atacante bateu no canto esquerdo e Rodrigo Viana defendeu, para a alegria dos torcedores ramalhinos. Confira o lance no link abaixo.



Os últimos dez minutos da primeira etapa foram totalmente favoráveis ao time de Capivari, mas a falta de pontaria dos atacantes ajudaram o Santo André a sair com o empate para o vestiário.

Para o segundo tempo, Ademir fez o óbvio. Sacou Sandro, que até aqui não disse a que veio, para a entrada do jovem Victor Hugo. A ideia foi boa. Trocar a lentidão pela velocidade do garoto.


No entanto, o que se viu foi um verdadeiro massacre do Capivariano. Com um jogador a menos, o Santo André não conseguia sair do campo de defesa. Victor Hugo mostrava total falta de vontade, não corria e nem se apresentava, praticamente deixando o time com dois jogadores a menos. O Capivariano foi pra cima sem dó. Rodrigo Viana e as traves salvaram o Ramalhão da derrota. Foram ao todo quatro bolas na trave, mostrando que Rodrigo está com a reza em dia. Além de estar com muita sorte,Viana fez pelo menos três milagres.

O Capivariano tentou até o último minuto, mas a bola insistiu em não entrar. O empate ficou de excelente tamanho para o Santo André. Um ponto a ser comemorado, não pelo adversário, mas sim pela situação que Rogélio deixou sua equipe.

Notas

Rodrigo Viana: 9 (Só não recebeu 10 devido ao gol que sofreu. Pegou um pênalti, bola a queima-roupa e passou muita segurança para o time)

Nequinha: 7 (Melhor partida com a camisa do Ramalhão. Foi bem no apoio e não decepcionou na defesa)

Otávio: 6,5 (Partida bastante regular. No segundo tempo, foi bem quando exigido)

Rogélio: 0 (Só fez besteira. Fez pênalti tolo dando uma cotovelada no atacante adversário e acabou expulso aos 34 minutos do 1º tempo)

Márcio Careca: 6 (Não conseguiu apoiar tanto como em outras partidas, mas foi bem na marcação)

Juninho: 5 (Não conseguiu marcar e mostrou a lentidão de sempre. Acabou sendo substituído no início do 2º tempo por Rogério)

Jardel: 6 (Partida bastante discreta. Marcou bastante, mas errou muitos passes)

Ramalho: 6 (Pela situação da partida teve que marcar muito e não pôde ajudar no ataque. Não comprometeu)

Sérgio Mota: 6,5 (Estava bem no jogo, deu o passe para o gol de William Xavier. No entanto, foi o escolhido por Ademir Fonseca para deixar o campo após a expuslão de Rogélio)

Sandro: 4 (Jogou em sua posição de origem, mas pouco fez. Mais uma vez a torcida pegou em seu pé)

William Xavier: 7 (Autor do gol. Mostrou mais uma vez que quando a bola chega ele confere. No meio do 2º tempo sentiu cãibra e teve que ficar em campo no sacrifício)

Junior Paulista: 6,5 (Entrou bem. Quando exigido mostrou vontade e bom posicionamento)

Victor Hugo: 1 (Entrou para ser o cara do contra-ataque. No entanto, não mostrou vontade alguma. Se escondeu do jogo e não criou absolutamente nada)

Rogério: 5,5 (Entrou para fazer o trabalho sujo no meio-campo. Não comprometeu na marcação)

Ademir Fonseca: 3 (Errou ao escalar três volantes contra o Capivariano. Depois, errou ao tirar Sérgio Mota para a entrada de Junior Paulista, já que Sandro não fazia muita coisa no ataque)

Confira a entrevista com o goleiro Rodrigo Viana:


Élvis, o retorno?

Quem esteve presente no Estádio Bruno José Daniel foi o meia Élvis. Campeão da Copa do Brasil pelo Santo André, em 2004, o jogador assistiu o bombardeio do Capivariano pra cima do Ramalhão. Após o jogo, Élvis revelou que deseja retornar ao clube num futuro próximo.

Confira a entrevista com Élvis:






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